Tem-se portanto um teor médio de extração igual aproximadamente a 10,5g/t.
Acontece que, como declara o Sr. Zacharias Williams, o pilão não trabalhava satisfatoriamente e por isto produzia areia muito grossa; em consequência foi apurada somente uma parte do ouro livre, por processo bastante rudimentar, como então se usava.
É possível que a taxa de extração fosse inferior a 50% e neste caso ter-se-iam para verdadeiros teores do minério tratado números da ordem de 20g/t.
De outro lado, é necessário considerar que, pelas cartas-relatórios do Sr. Zacharias Williams, não se pode ter certeza de que o minério extraído represente a composição média do material do vieiro; pode-se presumir que havia escolha e que só se tratava material reconhecidamente rico. Pelas cartas verifica-se que eram extraídas algumas toneladas de material estéril, antes de se atingir o vieiro, fosse porque as condições de jazimento não permitissem uma observação segura para a direção geral da faixa mineralizada, fosse porque o pequeno trabalho feito não tinha permitido abrir frentes de desmonte convenientes.
A luta contra a infiltração tornava penoso o trabalho, se bem que sua zona de influência seja superficial e que em profundidade tenda a desaparecer.
As dificuldades, na época em que foi lavrada a jazida, se agravavam devido à pequena eficiência das bombas. Hoje, com as eletrobombas, o problema se resolve com relativa facilidade. De acordo com as considerações acima, julgamos estes dois afloramentos de rocha aurífera dignos de uma prospecção detalhada, de modo a se ter elementos para verificar o comportamento, em profundidade, da faixa aurífera e se ela tem de fato ou não um caráter filoniano (de vieiro).