De 1902 a 1909 operou, em Lavras, uma companhia belga que arrendou mais tarde o engenho e parte da propriedade ao Sr. José Chiappetta. Este lavrou os vieiros de Caneleira e tratou minério escolhido no engenho belga que dispunha de pilões, mesas de concentração e tanques de cianetação.
Os vieiros auríferos de Lavras, ora se encontram encaixados no granito, como nos campos de Pitangueiras e Caneleira, ora em rochas andesíticas, como nos campos de Vista Alegre.
A direção geral dos vieiros é 50º NW.
Na composição mineralógica entra a calcopirita, galena, pirita e ouro; a ganga é quartzosa e os minerais de alteração secundária são: malaquita, cerusita, piromorfita e limonita.
Não só a distribuição dos valores é muito irregular, como a possança e continuidade dos vieiros é muito variável.
P. Franco de Carvalho faz referência a 28 vieiros, dos quais cinco são os mais importantes:
1) Três na faixa andesítica, a leste de Vista Alegre, em Cerro Rico; dois na área granítica, sendo um denominado Mina Aurora, em Vista Alegre, outro denominado Filão da Olaria, a oeste de Lavras, no campo das Pitangueiras.
Os vieiros auríferos parecem ter relação genética com os depósitos cupríferos que ocorrem nas rochas andesíticas. P. Franco de Carvalho coloca provisoriamente a formação andesítica (série Camaquã) no siluriano, sendo então possível que os depósitos cupríferos e auríferos pertençam à fase de mineralização caledoniana. Deste modo, os andesitos seriam portadores dos sulfetos cupríferos e auríferos e a alteração das rochas matrizes se teria processado durante a atividade magmática