Os males do presente e as esperanças do futuro: estudos brasileiros

OS MALES DO PRESENTE E AS ESPERANÇAS DO FUTURO

Il y a des esprits mal faits pour qui le repos et le silence ne sont pas le bien suprême.

C. DE MONTALEMBERT.

Foi uma bela manhã a de ontem na Câmara dos Deputados.

Anunciara-se a exibição do programa do governo, e esperava-se ouvir um deputado notável.

Com o espírito abatido pelas decepções dos últimos anos, tomamos, contudo, lugar no anfiteatro das galerias, nós povo, entre os filhos do povo.

Não embalde assistimos a mais um combate da palavra. De um lado, o governo, por seu órgão, deixou ver bem claro que não pretende galvanizar o passado, ressuscitar os seus certames e os seus ódios. De outro, José Bonifacio, o herdeiro do mais belo nome da nossa história, levanta, como um globo de luz, a sua cabeça sobre a assembleia.

É um espetáculo grato esse das lutas da tribuna. Agrada sentir que ainda possuímos as fórmulas, sequer, do governo representativo; e que há quem as compreenda e exerça em toda a sua transcendente importância.

Tal foi o efeito daquela manhã sobre um coração comprimido pelas frias preocupações da atualidade. Ah!

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