os trabalhos da educação em qualquer ramo do saber; mas não é a sua perfeição meio indispensável para adquirir a ciência; é melhor saber alguma cousa em dez anos de estudo, que ser por toda vida ignorante. Metamos mão intrépida à obra de difundir as luzes na vasta extensão do nosso território, principiando por multiplicar e generalizar desde já o ensino das primeiras letras e do latim; dando ordenados suficientes a cidadãos beneméritos que zelosamente se empreguem nessa tarefa; isto não deve sofrer demora; fiquem as leis de método reservadas para seu tempo; assim como a dos sistemas de doutrina.Nos governos despóticos é a ignorância dos vassalos a base do sistema, assim como nos governos constitucionais o é a instrução dos súditos. Mais vale nestes pouca instrução que nenhuma. Concluo, pois, que ao governo se recomende mui positivamente, que haja de prover imediatamente todas as cadeiras vagas que estiverem criadas, e que estabeleça todas as que forem necessárias de primeiras letras e latim, propondo à Assembleia os ordenados que segundo as localidades delas se possam reputar suficientes à congrua sustentação dos mestres que as regerem, para em competente lei serem sancionadas. Isto não é fazer direito novo, é fazer observar com a conveniente energia, e extensão, as leis existentes. Os povos pagam um tributo especialmente consignado de tempo imemorial para se prover a educação da mocidade. Ele é rendoso e sobeja para o fim que se paga. Ao menos dê-se-lhes escolas de primeiras letras e latim, enquanto lhes não facilitamos o acesso às ciências maiores, por uma regular distribuição de cadeiras em todas as províncias mais notáveis do nosso continente. A irresolução é o pior dos vícios de um governo; sejamos pois ativos, quando assim convém, como no presente caso." E neste sentido o deputado bahiano emendou o parecer. — O deputado fluminense José Joaquim Carneiro de Campos quer apenas dizer alguma cousa sobre o que ouviu a respeito da escassez dos ordenados estabelecidos para os mestres, e falta de provimento de cadeiras. Não dúvida que os ordenados sejam pequenos; é mal antigo e que não é privativo dos