mestres, pois dele sofrem quase todos os empregados. Quanto a dizer-se que não se tem cuidado de prover as cadeiras, deve observar que não é tanto assim como se afirma. Serviu muitos anos na Secretaria do Estado, e sabe que quando havia cadeiras a prover-se procedia-se ao seu provimento segundo as leis, e o mesmo se tem continuado a fazer. Além disto se para os lugares em que não havia cadeiras se pedia a criação delas, logo se mandava informar, e se vinha boa informação, e se se conhecia que a população do lugar merecia contemplação, mandava-se imediatamente criar e prover, e é isto também que atualmente se está praticando, de sorte que se algumas vilas não tem mestres, como tem aqui ouvido dizer, é pelo seu próprio descuido a este respeito. Não se pense, porém, que quer justificar inteiramente o governo, antes lhe nota falta de cuidado em não mandar proceder a um exame geral para saber que vilas e povoações estavam nos termos de merecer a criação de cadeiras; mas torna a dizer, todas as vezes que se requereram foram concedidas, verificando-se as circunstâncias necessárias. O que julga indispensável é o aumento dos ordenados, porque sem boa paga não há mestres. Com pequenos ordenados, e sem ter nada de melhoramento a esperar, pois não mudam de condições ainda que tenham 30 ou 40 anos de serviço, veremos sempre o mesmo mal, isto é, desampararem as cadeiras. Julga por isso muito digna da consideração da Assembleia o aumento dos ordenados estabelecidos, para que tenhamos ao menos em todas as vilas mestres de ler e escrever. - O Sr. Diogo Duarte e Silva (Santa Catarina) diz: "que nenhuma província do Império pode com mais razão de que a sua queixar-se deste abandono; seria até criminoso se guardasse silêncio em semelhante discussão, e não levantasse a voz neste augusto recinto. Não há em toda sua província uma só cadeira pública de primeiras letras. Uma que havia de gramática latina está vaga há muitos anos, porque não se pagam os ordenados, ninguém as quer ocupar. Entretanto, o subsídio literário de sua província sobejamente chega para