Catarina), pede o adiamento da discussão até a apresentação do plano de instrução primária a que se referiu há pouco o deputado mineiro.

Não consta dos "anais" da Assembleia Constituinte e Legislativa de 1823 o plano prometido

1826. Em maio à Câmara dos deputados é oferecido um projeto de lei do deputado Gonçalves Martins criando escolas de primeiras letras. A propósito deste projeto vários deputados denunciaram a carência de escolas nas suas respectivas províncias. — "Em Minas Gerais não encontrei um menino que andasse nas escolas." — Em Alagoas há apenas uma só cadeira de primeiras letras. — Em Goiás há cinco cadeiras para as 23 paróquias. — Na comarca do Rio Negro (depois província do Amazonas) não há uma só escola. — Em 16 de junho a comissão de instrução apresenta um vasto plano de ensino: escolas do primeiro, do segundo, do terceiro e do quarto graus (as academias). Nas escolas do primeiro grau ou pedagogias se compreenderão a arte de escrever e de ler, os princípios fundamentais de aritmética, e os conhecimentos morais, físicos e econômicos; indispensáveis em todas circunstâncias e empregos. As doutrinas que devem constituir objeto serão divididas em três classes, cada uma das quais contenha conhecimentos que qualquer menino de talento mediocre possa bem compreender no espaço de um ano. Na primeira classe compreenderão os elementos da arte de ler e escrever, os primeiros sentimentos da moral, e o conhecimento dos números e da numeração decimal: na segunda classe, além da continuação de ler e escrever, se adiantará a instrução moral desenvolvendo os princípios sentimentais e dando-se convenientes noções das virtudes naturais e sociais; deve também continuar-se a instrução da ciência de contar e principiar-se a instrução dos conhecimentos físicos; na terceira classe, além da continuação da escrita e prática das operações de aritmética, deverá também completar-se a instrução moral reduzindo esta ciência a princípios e máximas gerais fácil de conservar-se na memória; deverá continuar a instrução de