29 e outra por 15 discípulos. —A maneira por que se preparam atualmente alunos-mestres para a instrução primária é irregular e inconveniente. Existe um só professor da escola para o sexo masculino, sendo o ensino de quase todas as matérias que constituem o programa primário, dado pelos respectivos lentes. É urgente a reorganização da Escola de ambos os sexos, separando a do sexo masculino das cadeiras do Liceu e dando aos respectivos lentes, que poderão ser dois, atribuições especiais de acordo com as conveniências do ensino público primário. — A Escola normal para o sexo masculino deverá ser externato e para o feminino internato, a semelhança do que é feito na Bahia. O magistério público primário do sexo feminino ressente-se, pelo atual regulamento do ensino, não só das precisas habilitações como tambèm do método prático no ensino para aprendizagem das alunas-mestras. — Não existem na província escolas de ensino superior para matrícula das senhoras que se propõem a ensinar todas as matérias que constituem o ensino primário. Temos apenas a escola prática, onde se habilitam as aspirantes ao magistério durante o limitado prazo de três meses, tempo em que se ocupam exclusivamente, não da metodologia como fora para desejar, mas sim do ensino irregular de crianças que lhes são confiadas em pequenas turmas ou classes a contento da respectiva professora. Sem que seja extinta essa escola prática, é de palpitante necessidade a criação do internato normal, que assim como externato, deverá funcionar em tempo nunca menor de dois anos, regidos por duas professoras habilitadas, das que ora ocupam cadeiras do terceiro grau na capital. — Com semelhante reorganização se conseguirá fazer alunos-mestres e levantar o magistério público primário.

1875. A Escola normal, diz o presidente Vieira de Araujo, precisa de alterações no sentido de ser aumentado o número de disciplinas e desenvolvidos os programas, a fim de que os alunos-mestres possuam maior soma de conhecimentos. É bastante limitado o número de alunos ali frequentes