A instrução e as províncias vol. 1

1879. "Sobre não receber instrução um quinto da população escolar, a que recebe pouco aproveita dos sacrifícios da província, ficando em pequena distância da mais crassa ignorância": é um conceito do tenente-coronel José Clarindo de Queiroz, então na presidência das Amazonas. — No mesmo ano outro presidente não tem conceito mais lisonjeiro: "É urgente uma reforma em tão importante ramo do serviço público. A Assembleia Legislativa em sua última sessão ainda não atendeu ao que lhe propus nas duas falas com que instalei os seus trabalhos".

1880. "As escolas da colônia Maracajú são frequentadas por 193 alunos; a noturna tem 41 matriculados. Nelas assisti os exames, e folgo de declarar que foi grande a minha satisfação pelo resultado obtido. Foi a melhor prova da proficuidade dessas escolas e da dedicação dos professores e daí a necessidade de conservá-las e de a província auxiliá-las contemplando-as no seu orçamento com a quantia correspondente aos serviços prestados. Assim fala em janeiro o presidente Clarindo de Queiroz. — Em outubro, novo presidente assim se dirige à Legislatura: "... Para honra do nosso país podemos dizer que não tem sido indiferente o problema da instrução, importante questão social da educação do povo, visto como a ninguém é desconhecido o movimento que entre nós se há produzido nestes últimos tempos em prol desta grandiosa ideia. Esta província não se pode considerar estranha à corrente de opinião neste sentido, e aí estão o seminário e o Liceu, os prédios escolares para o ensino primário, os generosos subsídios a bom número de estudantes... Entretanto, a opinião pública reclama contra o estado da instrução na província e cumpre confessar que essas reclamações são assás fundadas. Considerando, com efeito, o número de escolas por demais reduzido para a sua população; considerando a pouca frequência delas, a falta de livros e mobília, a deficiência de uniformidade e método de ensino, e pouca suficiência da maior parte dos professores; e passando daí ao Liceu, cujas aulas igualmente desprovidas