Memórias de um Cavalcanti: 1821 - 1901

que sempre teve uma família, numerosa, antiga e rica e \"cujos membros sempre figuraram nas posições sociais mais vantajosas; na primeira Legislatura de 1824 cinco membros dessa família foram eleitos deputados; na segunda e terceira Legislaturas seis Cavalcantis detiveram essa honra popular; essas eleições foram anteriores à presidência do Sr. Barão de Suassuna\" ... E ainda: \"Esses Cavalcantis antes da nossa emancipação política já figuravam como capitães-mores, tenentes-coronéis e oficiais de ordenança e milícia e em todos os cargos da governança; os engenhos que a maior parte deles têm foram havidos por herança, transmitidos por seus maiores e não adquiridos depois da revolução; enumerai os engenhos da Província e vos damos fiança que um terço deles pertence aos Cavalcantis...\"

Invadindo os engenhos, as propriedades dos grandes senhores de terras e escravos, a polícia Praieira pareceria largos anos depois, ao historiador Joaquim Nabuco, ter quebrado \"o vínculo entre os moradores e os senhores de engenho\", concorrendo assim para o desprestígio da aristocracia territorial que tão grandes serviços prestara à Capitania e à depois Província de Pernambuco. Mas já em 1864 escrevia o Padre Gama, como que em antecipação ao reparo de Joaquim Nabuco, que era verdade que \"esta má polícia praieira\" tinha \"cercado e varejado certos castelos feudais, ou engenhos, donde tem tirado escravos furtados\"; verdade, também, que a polícia dos Praieiros, \"que os homens do partido da ordem diziam, poriam tudo em anarquia,

[link=27282]Fotografia: José Thales de Mello e Audifax Cavalcanti de Albuquerque Mello (Ioiozinho)[link]
[link=27283]Fotografia: casa onde morou Félix Cavalcanti[link]

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