roubando e matando a torto e a direito, se chegassem a empolgar o poder", perseguia "os ladrões de escravos, alguns dos quais foram roubados e gabirus e são restituídos a seus senhores". "Sim, — acrescentava o Padre Gama — na bem-aventurada presidência do Barão quadrilhas de salteadores capitaneados por seu próprio irmão roubavam e matavam impunemente nas vizinhanças da cidade; uma companhia numerosa de ladrões de escravos sob os auspícios, direção e conivência de parentes seus havia-se tornado escandalosamente um dos maiores flagelos da Província". E ainda: "Todo o mundo não ignorava, muita gente sabia, que seus escravos repentinamente desaparecidos da sua casa, achavam-se furtados no engenho tal e tal; mas quem seria tão ousado, quem teria em tão pouco a sua vida, que os fosse lá buscar, ou recorresse para isso à polícia, ou aos meios judiciais... Ninguém diz que o Barão (justiça lhe seja sempre feita) entrasse nesse tráfico infame; mas o que rigorosamente se conclui de tais fatos é que ele não podia, ou não queria reprimir as ribaldarias, as violências e perversidades desses seus parentes, e que por isso ou por aquilo era incapaz de governar a Província".
Mais de uma vez o Padre Lopes Gama cita no O Sete de setembro (1845-1846) nomes de parentes fidalgos do Barão que ao seu ver comprometeram o domínio político das famílias Rego Barros-Cavalcanti merecendo ser perseguidos, como o foram, pela polícia de Chichorro da Gama: "o famigerado José Maria Paes Barretto que no dizer dos seus correligionários,