isto é, dos homens da espelunca da Rua do Sol, é um dos maiores fomentadores da Agricultura, foi pronunciado por furtos de escravos, crime como se sabe inafiançável\"; \"... tendo por principal agente desta sua indústria o seu parente o Chico-macho; \"... José do Rego, pelos seus crimes cometidos no Arraial; \"... um Lacerda e outros muitos, cujos enormes crimes estão escondidos\". Não é que nas famílias Rego Barros e Cavalcanti não houvesse \"homens capazes e honrados\"; o panfletário reconhecia que sim, que os havia, \"sem dúvida\"; mas o diabo do \"orgulho nobiliário por uma parte, e a ideia do domínio exclusivo de outro cegaram a muitos, e lhes meteram na cabeça que a todo o custo deviam ser ricos para serem mais respeitados\". Daí procurarem viver \"não do seu trabalho\" mas de traficâncias e violências\"... \"adagargados com a proteção da família\".
Desde o dia remoto do século XVI em que certo colono, talvez despeitado, denunciou Felippe Cavalcanti como pecador nefando, que não se faziam acusações tão violentas aos Cavalcantis, em Pernambuco. Mas o certo é que dessas e de outras incriminações, muitas delas injustas, os Cavalcantis brasileiros podem refugiar‑se não só no doce \"orgulho nobiliário\" — que a tantos anima — como na convicção de já muito terem contribuído para a grandeza de Pernambuco e do Brasil. Aliás quase não se encontra hoje recanto brasileiro onde deixe de haver um Cavalcanti de boa origem pernambucana e preocupado com a história ilustre da família.