No Rio Grande do Sul, um magistrado antigo, hoje residente em Porto Alegre, tem em preparo um livro inteiro sobre o assunto.
"Orgulho nobiliário". Ao Padre Lopes Gama, homem de boas letras e não panfletário vulgar, nunca pareceu que houvesse motivo sólido para os Cavalcantis se gabarem tanto de nobres como, "ainda há pouco ... um tal João Mauricio Cavalcanti da Rocha Wanderley" e frequentemente "muitos matutos que tem este apelido".
Ora, escrevia o padre em 1846 no seu O Sete de setembro, "se perguntarmos aos Srs. Cavalcantis de onde lhes vem a nobreza, eles com uma imparciabilidade espantosa nos dirão que de Felippe Cavalcanti, fidalgo florentino evadido daquele antigo grão-ducado por se ter envolvido em uma conspiração contra Cosme de Medicis, da qual era chefe um Pandolfo Pucci. Mas se lhe pedirmos algumas provas dessa nobreza que por muitas razões se pode contestar sem réplica eles nos dirão ainda que consultem a nobiliarquia Pernambucana de José Victoriano Borges da Fonseca, cujo manuscrito existe na Biblioteca de São Bento de Olinda, com folhas arrancadas e outras substituídas". "Se porém recorremos aos documentos históricos — acrescentava o Padre, depois de grifo tão enfático e desprezando a "certidão que conservam na Bahia os seus descendentes" (de Felippe) certidão publicada por Borges da Fonseca como sendo a "certificação de nobreza" do mesmo Felippe concedida por Cosme de Medicis — não encontraremos fidalgo algum florentino que tivesse