dos Santos Dias, que no tempo do Major dariam à velha casa-grande brilho extraordinário, hospedando nela com muito gasto de comida e de bebida, caçadas de onça, banhos de cachoeira, estrangeiros ilustres da marca de Lord Carnarvon — o descobridor do túmulo de Tutankamon — e do almirante português Ferreira do Amaral.
Com a morte do pai, Francisco Casado de Albuquerque, no Engenho Quitinduba, em 1836, a família de Felix se arruinara. Os tempos não eram favoráveis a viúvas e órfãos — a não ser quando a viúva tinha alguma coisa de virago ou os órfãos, padrinhos generosos. Felix, meninote de treze para quatorze anos, veio em 35, com a mãe viúva e os irmãos, para o Arraial, arrabalde do Recife, de onde logo se mudariam para a povoação de Beberibe. Mal começara o predomínio político dos Rego Barros — Cavalcanti, que melhor consolidado, talvez tivesse permitido a Felix continuar no engenho do pai e conservar-se aí dentro das tradições rurais da família. Ou por inclinação própria, ou por força das circunstâncias, ele foi, desde novo, dos Cavalcantis bons que o próprio Padre Gama, com todo o seu ódio político à ilustre família, reconhecia existirem: capaz e honrado; procurando viver do trabalho, e não de negociatas ou traficâncias; do esforço próprio, e não simplesmente de proteção política; medianamente instruído e não quase analfabeto, como tantos dos Cavalcantis e outros filhos dos senhores de engenho mais ricos da época.
Os críticos dos costumes pernambucanos na primeira metade do século XIX, quando queriam citar