exemplo de família rica mas mal educada era a família Cavalcanti que citavam de preferência. Um deles escreveu que "os nossos presumidos de fidalgos pela maior parte nunca se ocupam da educação dos filhos". Donde o grande número de Cavalcantis "ignorantes, mal sabendo assinar o nome". Fama que tinham também os Paes Barretos do Cabo: inclusive o Marquez do Recife.
Sempre com muita retórica e alguma verdade escreveu o Padre Gama em 1846 que o próprio Barão da Boa Vista era "quase analfabeto e seu irmão Sebastião completamente ignorante". Invocava "o testemunho de quantos os conhecem de perto"; e a verdade é que o engenheiro francês L. L. Vauthier, que muito tratou com Boa Vista, teve dele impressão de mediocridade intelectual que registra no seu diário íntimo. O "quase analfabeto" e "o completamente ignorante" eram, porém, expressões enfáticas do Padre. Afinal, Francisco do Rego Barros se educara em Paris e o irmão, Sebastião, em Coimbra e depois em Gotingen, onde se bacharelara em matemática.
Felix Cavalcanti vindo para o Recife ainda novo pôde adquirir regular instrução, tomando gosto especial pelo estudo de geografia: a ponto de ter tentado escrever um compêndio dessa matéria. E, na adversidade, acostumou-se ao trabalho e à leitura.
O que conservou de suas origens, de sua formação, de suas tradições rurais de família, já disse que foram aqueles preconceitos furiosos e às vezes ingênuos contra o liberalismo, contra o "Povo do Recife", contra os radicais