dos filhos, de batizado e primeira comunhão dos netos. A mesa se cobria então de bolos, pastéis, doces, passas e figos. Bolos feitos em casa; Passa, biscoito e figos dos armazéns, que em 1848, em franca competição com a arte doméstica do bolo, já vendiam para as festas de família muito \"bolinho francês\" e biscoitos ingleses em lata. Tomava-se vinho do Porto — do porto fino que em 1884 custava 1$000 a garrafa no \"Pequeno Armazém de Gêneros Alimentícios\". Seu bolo predileto era o pão de ló. Seu doce, o de goiaba. Gostava de bom rapé: tinha caixa de tartaruga com as iniciais. Às vezes, por influência de amigos, fumava um charuto. De ordinário, contentava-se com o rapé. Uma vez por outra, também por influência de amigos, comia o seu beef e bebia seu borgonha no Hotel de l\'Univers, do Leinhardt, à rua do Comércio, onde em 1870-80 se almoçava magnificamente com vinho por 3$000.
Como chefe de família, Felix não era dos que desciam eles próprios à porta do sobrado ou ao portão da casa — como na família o segundo José Antonio Gonsalves de Mello — para comprar do matuto a cavalo, com grandes garajaus cheios de aves, o peru para o jantar de dia de festa ou a galinha para o caldo do filho doente ou para a canja do resguardo da mulher; ou do balaeiro, a laranja, o abacaxi, a manga, a jaca, a geleia de araçá; ou o próprio bolo de tabuleiro da negra limpa e conhecida, para algum netinho mais guloso.
Por falar em bolo para netinho guloso: houve tempo em que Felix, já velho, começou a levar de casa