e dos acontecimentos que constituem o início da nossa história: apenas justificar as incertezas reinantes no que tange com as primeiras notícias acerca do pau de tinta no Brasil e das suas primeiras remessas para o Velho Mundo.
Afirma Gaspar Corrêa que a própria nau que levou a D. Manoel a notícia do achamento da ilha de Vera Cruz, do comando de Gaspar de Lemos, carregou para Lisboa alguns toros de pau-brasil, juntamente com papagaios, parecendo confirmar-lhe a asserção o fato de no mapa de Alberto Cantino "o mais antigo do Brasil", executado em Lisboa em meados de 1502, aparecerem caracterizando a nossa terra, como era do uso cartográfico da época, árvores do pau-brasil e os curiosos representantes do reino alado. Gaspar Corrêa em suas Lendas da Índia (Tomo I) além de dizer que o navio que levou a notícia foi "carregado de paus vermelhos aparados, que eram mui pesados, a que chamavam brasil por sua vermelhidão ser fina como brasa" acrescenta que "deste brasil mandou o Capitão-Mor (Cabral) tomar algum, que levou á Índia e não teve muita valia, porque a tinta vermelha fazem de lacre".
Outros afirmam que a primeira referência foi feita por Américo Vespucio, que embarcara como cosmógrafo na primeira expedição que D. Manoel despachara para o reconhecimento da Ilha da Cruz em 1501.
Em carta escrita em Sevilha aos 4 de outubro de 1502 ao gonfaloneiro de Firenze — Pier Soderini -