no dizer de Lucio de Azevedo. O que é fato é que era pessoa de prol em Lisboa, cavaleiro da Casa Real, homem de boas contas nos cargos que já havia desempenhado. Na interessante coleção das Cartas de Quitação d'El Rei D. Manoel, acima referida, encontramos a prova. Eis o texto de uma delas: "Mandamos tomar conta a Fernam de Noronha e Alvaro Pimintel, cavaleiros da nossa casa, trautadores das nossas moradias, e a seus parceiros, per Joham Freire, contador de nossa casa, dos anos de 1494 e 95 e 96 de todo o que receberam e despenderam em os ditos anos" — (Segue-se a enumeração do que receberam). E assim nos deram de todo boa conta... e por tanto damos aos ditos Fernam de Noronha e Alvaro Pimintel e seus parceiros, por quites e livre. Dada em Lisboa, a 26 de março, Joham de Ferreira a fez, ano de 1498". (Chancelaria de D. Manoel — Liv. 31, fl. 80; Liv. de Extras, fl. 160 v.).
Ainda mais: "Fernam de Noronha, cavaleiro de nossa casa, e trautador que foi das moradias da nossa casa e seus parceiros recebeu em 1498-18:731$364 reais brancos pera pagamento das moradias do dito ano, por esta guisa, a saber (Segue-se e enumeração). Deu boas contas e o deram por quite e livre. Dada esta carta em Lisboa a 21 de fevereiro. Braz Luis a fez, ano de 1500" (Arquivo Histórico citado). Ainda depois do arrendamento do Brasil, encontra-se na mesma coleção a Carta de Quitação, pela qual se manda tomar conta a Fernam de Loronha, de 4:169$630,