O pau-brasil na história nacional

que por certos nossos arrendamentos recebeu (segue-se a enumeração entre os quais se nomeiam o arrendamento do Rio dos Escravos em 1502 e 1503, o arrendamento do Rio Primeiro, "que é abaixo da Mina", o arrendamento da pimenta da Guiné em 1502), sendo julgado quite e livre.

De que era pessoa de prol em Portugal e de seu prestígio junto ao Rei as provas são completas Antonio Baião que escreveu o magnífico capítulo da História da Colonização Portuguesa do Brasil, intitulado O Comércio do pau-Brasil (Vol. II. Entre p. 317 e 347), informa, baseado em documentos, quem era o "poderoso armador e comerciante a quem D. Manoel concedera por três anos a exploração do pau-brasil".

Sumariemo-lo: cavaleiro da Casa Real, cidadão de Lisboa (1498) com todas as graças, honras, liberdades e franquezas que tinham tais cidadãos, arrendatário de Santa Cruz, donatário da ilha São João, que antes se chamara Quaresma e São Lourenço e depois recebeu seu próprio nome, único que lhe ficou até os dias atuais, fidalgo de "cota d'armas" ao tempo de D. João III. Foi sem dúvida Fernão de Noronha nos reinados de D. Manoel e D. João III, homem de alta estima e grande opulência: e porque foi o primeiro concessionário da exploração comercial da nossa Pátria, a sua figura tem importância histórica iniludível.

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