Temos notícia do primeiro contrato de arrendamento do Brasil por uma carta de Pietro Rondinelli, escrita de Sevilha e 3 de outubro de 1502, publicada na Raccolta Colombiana (Parte III, vol. II, p. 121).
Nesta carta se lê: "e o rei de Portugal, arrendou a terra que ele descobriu a certos cristãos novos e são obrigados a mandar todos os anos 6 navios a descobrir todos os anos trezentas léguas adiante, e a fazer uma fortaleza no território descoberto, e mantê-la nos ditos 3 anos; e no primeiro ano nada pagam, no segundo um sexto, no terceiro um quarto e fazem conta de trazer pau-brasil e escravos, e talvez achem outra cousa de proveito". Confirma-o a Relazione de Lunardo de Chá Masser, escrita de 1506 a 1507, importante documento publicado primeiro na Itália e depois em Lisboa, no volume das Memórias da Comissão Portuguesa do Centenário do Descobrimento da América (Lisboa — 1892). Neste substancioso relatório, como lhe chama Capistrano de Abreu, lê-se: "Item, de há três anos para cá foi descoberta uma terra nova da qual se traz todos os anos 20 mil quintais de brasil, o qual é tirado de uma árvore grossa que é muito pesada; mas não tinge com a perfeição era que o faz o nosso do Levante; não obstante despacha-se muito para Flandres, e daqui para Castela e Itália para muitos lugares; o qual vale 2 e meio ducados o quintal, o qual brasil foi concedido a Fernando de Loronha, cristão novo, durante 10 anos por este Sereníssimo Rei por 4.000 ducados ao ano; o qual