O pau-brasil na história nacional

Fernando de Loronha manda em viagem todos os anos à dita Terra Nova os seus navios e homens, a expensas suas, com a condição que este Sereníssimo Rei proíba que daqui em diante se extraia da Índia. O qual brasil, pelo que se vê ao fim de trazido a Lisboa lhe fica com todas as despesas por 1/2 ducado o quintal; na qual terra há bosques inteiros deste brasil. Faz-se de Lisboa ali 800 léguas, pelo sul e sudoeste.\" É nesta Relazione que aparece o nome de Fernão de Noronha como concessionário e associado de cristãos novos. Entre os dois documentos iniciais do comércio de nosso país há divergência quanto ao prazo do arrendamento: por três anos, diz Rondinelli, por dez, diz Lunardo da Chá Masser. Duarte Leite e Antonio Baião a p. 278 e 325 do Vol. II da História da Colonização Portuguesa, valendo-se dos raros documentos coevos, dissiparam as dúvidas. O primeiro contrato foi por três anos; feito em agosto ou setembro de 1502, segundo o Professor Duarte Leite, terminaria em 1505. Embora não se haja encontrado o teor do contrato celebrado, pelos documentos acima referidos, sabe-se:

a)que o rei D. Manoel arrendou a Terra de Santa Cruz (Rondinelli) ou o trato do brasil (Lunardo Masser) a um consórcio de cristãos novos, a frente dos quais estava Fernão de Loronha ou Noronha;

b)que o prazo do arrendamento foi por três anos, terminando em 1505;

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