O pau-brasil na história nacional

A descrição que Almeida Pinto faz, nem sempre está certa. Por exemplo, quando se refere às flores, diz que são de cor vermelha e amarela.

A cor vermelha apenas entra em pequena quantidade, pois existe de fato uma mancha vermelha que ocupa metade do labelo. As pétalas são de cor amarela e o aroma a que o autor se refere é pouco intenso.

Nunca imaginei que tal assunto fosse tão deficientemente estudado; muitas vezes cheguei a impacientar-me com a deficiência de dados nos autores nacionais, e pelas repetições de erros encontrados nas obras brasileiras ou estrangeiras, era contínuo trabalho de cópia do que já, tinha sido dito, escrito e publicado.

Em 1881, Mello Moraes, na Fitografia ou Botânica Brasileira, embora registre, acertadamente, o diâmetro e a altura do vegetal, dá a falsa informação de que as flores são de cor de carmim: assim todos os autores nacionais, logo que procuram prestar informações mais desenvolvidas.

A excelente Botânica de Caminhoá quase nada se ocupa da C. echinata. Um exemplo, porém, é expressivo: em 1867 os mais conspícuos botânicos brasileiros, Freire Allemão, Custodio Alves Serrão, Ladislau Netto, e J. de Saldanha da Gama publicaram no Rio de Janeiro um estudo intitulado Breve Notícia Sobre a Coleção das Madeiras do Brasil apresentada na Exposição Internacional de 1867. Esta valiosa contribuição publicada para ser distribuída em Filadélfia por ocasião do certame, tem 32 páginas, divididas

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