O pau-brasil na história nacional

em 2 colunas, uma em português e outra em francês. Todas as essências nacionais são referidas e estudadas com exceção do pau-brasil.

Certos pontos não pude esclarecer: Chevreul estuda o material procedente de uma espécie que chama de Caesalpinia crista. Durante algum tempo tal denominação prevaleceu porque a encontrei figurando no volume 3° da 4ª edição da célebre obra Muspratt's Chemie, 1891, que à p. 208, no capítulo Rothholz, o tão reputado livro diz ser a Caesalpinia crista uma espécie que vulgarmente se chama Fernambukloz, informando que a mesma vai do Brasil à Jamaica, o que é um erro, como também que a Caesalpinia echinata, o nosso pau-brasil, existe nas florestas do México, acrescentando que o Sapanholz que procede da Ásia, tem seu habitat entre nós.

O artigo é da autoria de Cochenhausen, e intitula-se Farbstoffe und Färberei. Obras inglesas de relevo, como Ed. Thorpe — A Dictionary of Applied Chemistry, V. I, p. 657-664, Londres, 1927, erram também, porque repetem a informação acima, quanto à Caesalpinia crista. Esta espécie foi assinalada, por Luetzelburg, em Santo Amaro, Bahia.

Os nomes comerciais que a madeira adquiriu têm sido fonte de grande confusão. A respeito de quase tudo, as informações são inseguras. Tive grande trabalho para encontrar qual o químico que intitulou de Brasilina o princípio corante da madeira, e não pude, com segurança, resolver o problema.

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