PRELIMINAR
ENSINO NA CAPITANIA E NA PROVÍNCIA
Escolas da Companhia de Jesus — A ação dos jesuítas no Brasil-colônia, ainda está por coordenar. Apontamentos esparsos, colhidos de cartas, nos séculos XVI e XVII, dirigidos pelos missionários aos provinciais ou gerais da Companhia, em Lisboa e Roma. As mais miúdas referências são sobre os colégios e escolas das capitanias do Rio de Janeiro, Bahia e Pernambuco, as regiões que mais sofreram a ação catequizadora, desde 1549 quando vieram os primeiros padres com o primeiro governador-geral, Thomé de Souza. Na capitania de São Vicente fundou Leonardo Nunes, em fins do ano 1549, uma espécie de seminário ou escola média. "Leonardo Nunes chegou a São Vicente, com dez ou 12 meninos. Chegou com a intenção formada de abrir escola de instrução e catequese. Na sua entrada aos Campos de Piratininga trouxe outros meninos, filhos dos povoadores portugueses e dos índios, com os quais, juntos a outros de São Vicente, começou uma espécie de seminário ou colégio, onde se ensinou a falar português, a ler e a escrever e, a alguns mais hábeis, latim. A todos "sustentou do necessário para o corpo com grande trabalho seu e dos irmãos até o ano de 1554", quando se passaram a São Paulo de Piratininga, onde se podiam manter melhor. A outro, escreve, Luiz de Grã que não tivesse as forças do padre Leonardo Nunes, não seria isto possível."
Em junho de 1553, era professor de latim "mancebo gramático de Coimbra, que para cá veio desterrado". Nobrega não cita o nome do mestre. Com quatro meninos órfãos que trouxe, e com os alunos que achou pensou