em estabilizar o Colégio e dar forma jurídica semelhante à da Bahia, instituindo como lá, a Confraria dos meninos Jesus. A base econômica desta instituição foram os bens doados pelo irmão Pedro Correia. Ficaram a dirigi-lo dois mordomos e um provedor. Os padres reservaram para si "somente a erudição e doutrina dos meninos". O Colégio inaugurado com festa solene a 2 de fevereiro de 1553. Pregou o padre Nobrega. Os meninos afeiçoaram-se aos padres e em particular a Leonardo Nunes. Quando ele embarcou para a Europa, em 1554, muitos queriam ir com ele; e "os índios morreriam por mandar os filhos". O governador não permitiu, mas um meteu-se debaixo da coberta e foi ..." A este Colégio, como patrimônio próprio, foram dadas as primeiras terras dos padres de São Vicente. Doou-as o irmão Pero Correia. Constavam de dois lotes, um na própria vila de São Vicente, outro mais ao sul, em Iperuibe. Depois da fundação de São Paulo, para sustento do Colégio, pediu Nobrega a Martim Afonso de Souza (donatário da Capitania) terras a margem do rio Piratininga. E que as não negasse Martins Afonso "pois há homens particulares em São Vicente, a quem se dá muito mais terra." O donatário concedeu-lhe duas léguas de terra ao longo do rio. Depois que se mudou para São Paulo a vila de Santo André, tornaram-se necessárias aquelas terras à expansão da vila de São Paulo. Por proposta do provincial padre Luiz de Grã, sucessor de Nobrega, outras terras foram cedidas.
No Colégio de Piratininga lecionou o padre Anchieta que escrevia as lições em cadernos. Ensina as línguas portuguesa, espanhola, latina e brasileira (tupi); ensina também música, "com a musa e harmonia, dizia Anchieta, atrevo atrair a mim os índios da América". Neste Colégio compunha-se baladas e romances baseados na moral cristã e davam representações teatrais. Nos Cólegios em geral se ensinavam gratuitamente as primeiras letras, matemáticas elementares, gramática latina, filosofia racional, teologia dogmática e moral. A disciplina colegial era