rebelde e mal criado metido pelas janelas da aula que tem cheia de estudantes, um tiro de chumbo? É igualmente para notar-se ver que se bloqueiam e invadem as aulas régias e que, sem atenção a cousa alguma, se arrancam delas para soldados os estudantes mais hábeis e aplicados sendo ignominiosamente tratados pelos executores daquelas diligências, os professores respectivos em serviço da Pátria, se têm empenhado em instruí-los, em aproveitá-los, chegando a vésperas de mostrarem em exame público o fruto de suas diligências e fadiga, para então serem presos e sentar-se-lhes praças, quando o seu comportamento bastavam para isentá-los de uma semelhante sorte. Repetiria infinidade de sucessos desta natureza em testemunho da versão que nesta cidade há aos professores e estudantes.

No plano da criação de cadeiras ficou esta cidade (Bahia) com uma de retórica, outra de filosofia, uma de língua e três de gramática latina; hoje, porém, tem mais uma de latim e um substituto para todas as quatro, sendo uma e outra criadas pelo extinto Tribunal sem autoridade régia, quando, tanto a cadeira, como o substituto são inteiramente desnecessários, atentos os longes desta cidade. Além destas foi criada por Sua Alteza Real mais a cadeira de matemáticas; como são despendidos, anualmente 3:000$000, além do que despende com os mestres de primeiras letras na mesma cidade. Como é pois de acreditar que sendo tal a despesa que a real fazenda tem com as duas cadeiras régias de filosofia e língua grega, sejam unicamente frequentadas por cinco estudantes que sabem de uma e vão entrar na outra. Que a de retórica traga unicamente quatro, tendo desertado dois, com receio de serem nela presos; que pela mesma razão uma de gramática latina em que andavam 35 estudantes ficasse com 18; que ficasse com dez uma em que havia 30; que a terceira ficasse com seis; e a quarta com um único; de forma que são 43 todos os estudantes que frequentam as aulas, e isto muito interpeladamente, porque logo que há notícias de fazer recrutas só ficam nelas os meninos