Narrativa, p. 276 [continuação]
se diz do botão e da flor, mas o mesmo botão é a fruta. Estas são as melhores, e maiores e vêm pelo Natal, a segunda camada é de flor alva como neve, da própria maneira que a de jasmim, assim na feição, tamanho e cheiro.
Purchas, IV, p. 1.307 [continuação]
pintas pretas, dentro tem algumas pevides, mas tudo se come ou sorve como sorvas de Portugal; são de muito bom gosto, sadias e tão leves que por mais que comam, parece que não comem fruta; não amadurecem na árvore, mas caem no chão e daí as apanham já maduras, ou colhendo-as verdes as põem em madureiros.
A esses trechos poderíamos juntar muitos outros. Poderíamos mostrar que na segunda parte do Tratado, o autor diz que viajava durante léguas e léguas de mangue, o que está de acordo com a Narrativa epistolar; que ainda na segunda parte do Tratado ele refere-se a bichinhos que atacam de preferência aos europeus chegados de fresco, o que está de acordo com a Narrativa, p. 298, onde se lê que o padre Christovão de Gouvêa ficou cheio de apostemas em consequência das mordeduras de carrapatos que sofreu em Pernambuco. Não o fazemos, porque uma demonstração mais longa é dispensável. Há melhor demonstração só o leitor a pode fazer, comparando a encantadora Narrativa com este opúsculo, que por nossa parte não achamos menos encantador e aprazível. Passaremos, pois, a dar conta do nosso trabalho de editor.
Desde que tomamos a responsabilidade dessa publicação, entendemos de nosso dever procedê-la da biografia do autor. Para este fim tomamos copiosas notas de Jarric, Vieira, Simão de Vasconcellos, Sebastião de Abreu e Franco. Infelizmente estas notas são insuficientes e deixam sem o mínimo esclarecimento anos e