Terreiro de Jesus, já na Bahia, ao jovem Antonio Vieira, que, a contragosto da família, procurava ali o seu refúgio, — como preparador também para a imortalidade de sua grande vida...
"Estes passos são simbólicos da obra do padre Fernão Cardim: cuidado, trato, amor de um Brasil que ia passar, e morrer, legados ao Brasil da posteridade, que, esse, passando sucessivamente, nunca morrerá, e há de guardar entre as suas memórias saudosas e fiéis estes Tratados da terra e gente do Brasil..."
O plano malogrou-se, por então, como se disse; mas o trabalho do anotador ficou em condições de ser dado desde logo à imprensa, à espera tão somente de editor. Esse havia de aparecer no próprio ano que se completa o tricentenário da morte de Fernão Cardim, na pessoa do Dr. José Attico Leite, jovem e inteligente livreiro-editor, a quem já devem as boas letras ótimos serviços.
A presente edição da obra do venerável missionário, que reunida se imprime pela primeira vez, vale assim, neste momento, por uma comemoração expressiva e justíssima.
II
Quantos estudem o passado brasileiro hão de reconhecer que no acervo dos serviços prestados às nossas letras históricas existe em aberto grande dívida de gratidão para com esse meritório jesuíta. De fato, entre os que em fins do século XVI trataram das cousas do Brasil, foi Fernão Cardim dos mais sédulos informantes, em depoimentos admiráveis, que muita luz trouxeram à