Lourenço Cardim e Diogo Fróes, pertenceram, como ele, à Companhia de Jesus: o primeiro, acabados os estudos e ordenado sacerdote, passou para o Brasil em 1585, e foi morto em viagem por corsários franceses; o segundo foi lente de Teologia Moral no Colégio e Universidade de Coimbra, e na peste de Lisboa (1568-69), servindo aos empestados, contraiu o mal e morreu no hospital da cidade. Quatro sobrinhos de Fernão Cardim, filhos do Dr. Jorge Cardim Fróes e sua mulher D. Catarina de Andrada, seguiram vida religiosa: João, Antonio e Diogo pertenceram à Companhia, e Plácido à Ordem Conventual de Cristo. De João Cardim escreveu a Vida e virtudes o padre Sebastião de Abreu (Évora, 1659). Antonio Francisco Cardim missionou no Japão, e escreveu os Fasciculus á japonicis floribus, etc. (Roma, 1646), que apareceram em português com o título Elogios e ramalhetes de flôres, borrifados com o sangue dos religiosos da Companhia de Jesus, etc. (Lisboa, 1650); escreveu também uma Relação da provincia do Japão, de que se conhece apenas a tradução francesa, impressa em Paris em 1646; escreveu ainda as Batalhas da Companhia de Jesus na sua gloriosa provincia do Japão, que se conservaram inéditas até 1894, quando foram dadas a lume pela Sociedade de Geografia de Lisboa. De Diogo Cardim sabe-se que missionou na Índia; sobre frei Placido nada se consegue apurar.
Da existência de Fernão Cardim em Portugal, antes de vir para o Brasil, faltam pormenores. Já era professo dos quatro votos e ministro do colégio de Évora, quando foi designado, em 1582, para companheiro do padre visitador Christovão de Gouvêa; passou a Lisboa em princípios de outubro daquele ano e ali esteve cinco