Tratados da terra e gente do Brasil

homem mesquinho, avaro; em vez deste último é mais usado e mais regular potyb-i-yara.

PURI

É tema de numerosíssimos nomes, que pode reportar-se a diversos radicais e que, de mais a mais, por si só aparece como nome de tribo. Pelo abanheenga, mediante abá, acé, mbya, etc., como substantivos seguidos de puri adjetivo, podiam se explicar muitos nomes, e da mesma maneira se concebe que empregassem simplesmente o adjetivo elidindo o substantivo. A significação mais própria então seria a de pyryb mesquinho, de pouca valia, miserável, e ainda de pyrybi triste, tristonho; teimoso, tacanho, contumaz, sanhudo. Com esta última significação apresenta-se mais usado na forma mburú, que também significa o maldito, mau, ruim, etc. Cumpre porém notar que este tema figura em outras línguas com significações análogas e para não me estender apontarei apenas no quíchua puru falso, purik andejo, viajeiro, viandante (de puri andar), e mais outras próprias para designar tribos. No chili muru-che estrangeiro, que sugere um vocábulo da mesma significação com po advérbio lá, uma preposição e ahé sujeito.

QUIGRAJUBÉ (p. 178)

Este nome é quase todos os que seguem, principiados por Q, não figuram nos autores. Com temas kyr, ker, kyrá, kira, kyri, etc., fazem-se muitos nomes em abanheenga, dos quais alguns podem designar tribos, porém com isso só nada adiantamos. Demais não há no texto indicação alguma para induzir-se alguma explicação.

QUIGTAIO (p. 178)

Veja-se o nome precedente. Quanto ao mais, temos kytã-nó, botão, etc., em abanheenga, kinta nome de um beija-flor em quíchua, queytaqui um passarinho pardo e quito pomba em aimará, etc.

QUIPGÉ (p. 178)

Vejam-se os dois nomes precedentes. Para mais embaraçar aí temos grande diferença no nome como vem no texto, do

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