Anspeien, onde Martius inventa as dicções murá, mirá e quini com significados com seu jeito. Na página 196 da Ethnographia de Martius, onde trata dos Quinimuré, fala-se do uso de "escudos" por certas tribos, o que nos levaria a buscar a explicação do nome em aimará, onde há querari broquel, adarga, ou em quíchua, onde o verbo kira também significa "amparar". Resta porém combinar o resto do composto.
TAGUAIGBA ou Taguain (p. 142)
Ortografias arbitrárias de taguaib em tupi, mas que no guarani é apresentado sob a forma taúbaïb. Este último vocábulo é literalmente taúb-aib (visão má, fantasma ruim).
TAICUIU
Não é nome que figure no rol de tribos dos autores e apenas podemos ponderar que corresponde a uma frase em abanheenga: ta-i-có-ñó, ou tab-i-heco-ñó os que em aldeia estão quedos.
TAMUYA (p. 173)
É nome dos habitantes do Rio de Janeiro, escrito de vários modos, e muito geralmente conhecido na forma tamoios ou tamoyos. Significando "avô, avós". Anchieta o escreveu tamuya, Figueira tamuya, Gonçalves Dias (Diccionario braziliano, etc.) tamuya, França (e outros) tamunha, etc., etc. Como nome de tribo G. Soares de Sousa o escreveu tamoyo, S. de Vasconcellos, idem, Porto Seguro tamoy, etc. Em abanheenga há tamôi – avô (Annaes da Bibliotheca, tomo VII) e tamoî – fundar povo, donde o particípio tamôi-har, no pretérito tamoi-hare aquele que fundou povo, e deste particípio parece-me provir o nome Tamandaré, Tomanguaré, etc., nome do Noé ou do Adão tupi, segundo S. de Vasconcellos e outros cronistas.
Montoya explica o verbo por tab-moin aldeia colocar, mas eu noto que também podia ser tam-moin estabelecer pátria, porque em tetam o te é pronominal e podia cair. Demais, é íntima a conexão entre tab, tam e etá (Ver Annaes da Bibliotheca, tomo VII).