a tradição) e ainda mais forma antítese com auãng (o espírito do mal), também conforme a tradição com análogas em outras línguas americanas, não deixa de ter interesse.
"Dios fue tenido destos Indius (os Aymarás) uno á quien llamavam Tunuupta, de quien cuentan infinitas cosas (Bertonio – Vocabulario)".
Em quíchua tupa cousa real, excelente, principal, servia também para exprimir "senhor, cavalheiro".
Há em chilidungu dicções análogas, porém cuja forma não é tão complexa.
Por outro lado cumpre notar que "demônio, diabo" em quíchua é supay, e em aimará supáyo. Sem a mínima intenção de fazer aqui aplicação da regra dos prefixos monominais do abanheenga, por demais notamos que o demonstrativo geral t se transforma em r, h, gu e que o h por vezes se torna ç ou s. Em abanheenga supay e supayo seriam os relativos das formas absolutas tupa, tupayo.
Em quíchua há ainda supan sombra de pessoa ou até animal.
Veja-se na palavra Tamuja o que é bom deus Tamoi reconhecer-se-á que Tupany corresponde ao bom Deus destes índios, que não precisava de cultos. Eles faziam oferendas ao "diabo" para que lhes não fizesse mal.
TUPI
O Visconde de Porto Seguro dá tupy — tio paterno (Historia geral do Brasil, 1854, p. 104), entendendo que a palavra tupi não se ligasse a raiz alguma (no que estamos de acordo) nem proviesse, como se tem dito, de um grande chefe desse nome, que regia a nação, quando ela ainda estava compacta (textualmente). Von Martius, reportando-se a S. de Vasconcellos diz que "War Tupi ein Ort, woher die Tupis gekommen und von dem sie denu Namen angenommen hätten" – (Beiträge zur Ethnographie, tomo I, p. l70). Enganou-se porque S. Vasconcellos diz: "Assim também entre estes índios, de um principal chamado Potygoar tomaram nome os potygoares; de tupi, que dizem ser o donde procede a gente de todo o Brasil, umas nações