Tratados da terra e gente do Brasil

que os que falavam o abanheenga nas costas do Brasil, sempre que tratavam de dizer quem eram aos europeus diziam Tupinambás no Rio de Janeiro, na Bahia, no Maranhão, etc.

O Visconde de Porto Seguro define "Tupis vizinhos, contíguos, limítrofes" e segue-o nesta explicação von Martius. Este nome aparece escrito de modos muito diferentes, que procuraremos resumir às formas tupinik, tupinikae, tupinaki, tupinoki, tupinamke, e poucas mais variantes. Ao tema Tupi com a pospositiva ri ou ni ou n podia ser ajuntado um designativo ike (colateral) ou iki ou iky (derivado)? Qualquer dos dois poderia satisfazer ao significado, e aqui cumpre apontarmos ainda alguns nomes, como uqui (cunhada), tyké (irmã mais velha), tekeyra (irmão mais velho) e ainda outros, que naturalmente se reportam ao nome radical, e que exprimem parentesco colateral, e que em outros nomes vão engendrar expressões para dizer "galho, renovo, rebentão, etc." Afinal não podemos passar por alto que Léry, designando quase sempre os tamoios com os quais conviveu no rio Geneure (Genevre ou Genebra) por Tououpinambaoults, no capítulo VIII os designa pelos nos Toüoupinamkunins, em vez de nos Americains ou nos Tooupinambaoults.

TYPOYA (p. 150) E na nota Tupiya, aparece ainda sob as formas tupoi, tupai, tipói e pode ser reportado já a pái ou mbai e já a uba (ver tomo VII dos Annaes da Bibliotheca Nacional). A forma Tupyia é muito incorreta e tende a fazer confundir com Tapiy (choupana), que se refere a outro radical.

VIATÃ (p. 171)

Não vem nos autores nomes de tribo que se pareça com este. Em abanheenga ui-átã literalmente é "farinha dura ou mui torrada".

Parece pois que, como nome de tribo, seja antes alterado de my-ãtã ou py-ãtã forte, rijo, tenaz, renitente, esforçado.

Yo ou Yoc ou Yok

O Sr. frei Honorio Mossi no seu vocabulário do quíchua, logo depois de definir nesta língua "calções" (huara – pañetes

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