do Rio de Janeiro, sucedendo ao padre Braz Lourenço, que por sua vez ocupou o lugar do padre Manuel da Nobrega. Em 1614 era provincial e por sua ordem acompanharam a expedição ao Maranhão os padres Manuel Gomes e Diogo Nunes.
LXIII – O número de engenhos de Pernambuco, dado por Cardim, combina com o que assinala Anchieta – Informações citadas, p. 33: "Tem 66 engenhos de açúcar, e cada um é uma grande povoação e para serviço deles e das mais fazendas terá até dez mil escravos de Guiné e Angola e de índios da terra até dois mil."
LXIV – O colégio de Pernambuco foi criado em 1576, quando o padre Gregorio Serrão fez ver em Portugal a importância daquela capitania. Para sua sustentação el-rei D. Sebastião dotou-o com mil cruzados anualmente. Uma carta de Christovão de Barros, provedor-mor da fazenda, ao rei, datada de Olinda, 18 de novembro de 1578, que o Dr. Capistrano de Abreu publicou em nota a Anchieta – Informações citadas, p. 33-34, pondera o seguinte: "Acho que devo advertir a Vossa Alteza de alguns inconvenientes que não fazem bem a vossa fazenda, pelo que quis avisar do que me pareceu mais acomodado a vosso serviço, entre os quais entendi que uma provisão que Vossa Alteza passou aos padres da Companhia deste colégio de Olinda foi sem a informação que no caso se requeria, porque lhe dota Vossa Alteza mil cruzados cada ano, os quais lhe serão pagos em açúcar, assim como valeu por massa os anos passados que teve muito menos preço. Mas a razão que tenho para entender que estes mil cruzados não sejam pagos em açúcar e que, arbitrados a como valeu em massa para os haverem de cobrar nos engenhos, conforme a provisão, é detrimento notável da vossa fazenda, porque seguindo a informação que disto tomei perde Vossa Alteza em cada ano mais de três mil cruzados, porque não haverá pessoa que queira arrendar com esta condição dos padres; por onde, se a tenção de Vossa Alteza é dotar aos padres mil cruzados que pelo respeito desta ordem fiquem mais avantajados visto os gastos e careza da terra, entendia eu que Vossa Alteza