Tratados da terra e gente do Brasil

os devia melhorar em mais dinheiro, sendo servido e não pela maneira que tanto custa."

Os jesuítas padres Manuel da Nobrega e Antonio Pires entraram pela primeira vez em Pernambuco em 1551, entre 27 e 28 de julho. Antes da fundação do colégio, havia a Companhia estabelecido ali uma residência, para a qual tiveram os padres a ermida de Nossa Senhora da Graça situada no alto de um monte, onde depois se edificou o colégio. Dirigiu a casa em princípios o padre Antonio Pires e em seguida o padre Gonçalo de Oliveira. Do colégio o primeiro reitor foi o padre Agustin del Castillo, espanhol, que morreu nesse cargo; o segundo foi o padre Luiz da Grã. A já citada Historia de la fundacion del collegio de la Compañia de Pernambuco, hecha en el año de 1576, só agora publicada, é documento interessante sobre o assunto.

LXV – Não foi possível apurar qual fosse esse padre, a que se refere Cardim. De 1581 a 1586 foi governador do Paraguai o licenciado Juan Torres de Vera: precedeu-o, de 1574 a 1581, Juan Ortiz de Zarate, e sucedeu-o, de 1586 a 1592, Alonso de Vera y Aragon, sobrinho do primeiro. Destes só o último exerceu suas funções como governador efetivo, substituindo nesse caráter Domingo Martinez Irala; os outros, apesar da dilação de seus governos, foram provisórios ou interinos. Nos Annales litterarii citados, alude-se à entrada para o colégio de Pernambuco, em 1584, de um moço, bom discursador e engenho ardente: "ut omnia de eo sperari jam liceat".

LXVI – A frase tupi – Pay, marape, guarinime nande popeçoari? – vem livremente traduzida no texto. Decompondo-a e corrigindo-a, temos:

Pay, padre;

marápe, advérbio interrogativo: como;

guarinî-me, na guerra;

nde, tua, tuas;

, mão, mãos;

peçô, verbo açô ir: vais;

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