história paulista e tanto influiu sobre a do Brasil. Em 26 de março de 85, a pedido da população santista, a casa de São Vicente, fundada por Leonardo Nunes, foi mudada para Santos: Azevedo Marques traz impressa a escritura da transferência. Em abril estavam no Rio, onde encontraram ainda dois veteranos das guerras que precederam a fundação da cidade de São Sebastião: Salvador Corrêa, primo de Estacio de Sá e mais feliz que este, Martim Affonso Araryboia, comendador de Cristo, abaeté e moçacara, scilicet grande cavaleiro e valente, transferido do Rio Comprido para o morro de São Lourenço, na outra banda. Ordens de além-mar abreviaram a estada no Rio e ida para a Bahia. A 16 de outubro de 1585 estava finda a visitação e Cardim ultimava a primeira e maior parte de sua narrativa.
A volta do visitador ao reino dilatou-se por várias incumbências que lhe vieram de Roma, e pela captura por corsários do navio a que se confiou. Por setembro de 1589 desembarcou em Santander e viajando por Burgos e Valladolid alcançou terra portuguesa.
Cardim ficou no Brasil. Durante algum tempo exerceu a reitoria do Rio. Anchieta, acostumado a viver debaixo da obediência, antes de ir para a capitania do Espírito Santo, onde faleceu, preferiu fazer-lhe companhia. Talvez a instâncias do reitor, escreveu os apontamentos sobre a primitiva história da Companhia, de cuja perda ou extravio não podem consolar os excertos contidos nos livros de Simão de Vasconcellos e Antonio Franco. Deles houve no colégio de Coimbra uma cópia feita pelo punho de Cardim; seu paradeiro é desconhecido.
O momento era único para o feitio dos Apontamentos. Dos companheiros de Nobrega vindos em 1549 restava