depois, pelo rio Tocantins. Em 1849, cada um deles tomou rumo diverso, tornando a avistar-se em Barra do Rio Negro, onde estiveram juntos de fevereiro a março de 1850. Ali, os dois cientistas novamente se separaram, não mais se encontrando em território brasileiro(1). Nota do Prefaciador Bates resolveu efetuar sozinho e exploração do resto da bacia amazônica, por ele denominada "o paraíso do naturalista", e ali permaneceu eté 1859. Colecionou naquela vasta e diviciosa região cerca do 15 mil espécies zoológicas, das quais pelo menos oito mil, segundo a sua própria asserção, eram novas para a ciência.
Em começos de julho de 1849, chegou a Belém o irmão mais moço de Wallace, a fim de ajudar a este em seus trabalhos científicos. Pelo navio que lhe trouxera esse prestimoso auxiliar, despachou Wallace para a Inglaterra as coleções de peixes e insetos, feitas até àquela data, e que, acrescidas de um caixote enviado em agosto de 1850 (como consta do final do cap. VII), foi tudo quanto se salvou do intenso e arriscado esforço do grande cultor da ciência.
Wallace encarregou-se de explorar outra zona, — a do rio Negro e a do alto Orinoco — reunindo depois todos os dados e observações num livro, aparecido em 1853, e que foi muito bem recebido pelo aplauso dos competentes. Essa obra é a que ora se entrega ao público, vertida para a nossa língua.
Bates, em 1863, também deu a lume o resultado das suas explorações, em dois volumes subordinados ao título de The naturalist on the river Amazon, obra da qual existem muitas edições.
Wallace escapou de morrer e sofreu considerável prejuízo, durante a viagem de regresso para a Inglaterra. O navio em que ele embarcara, a 12 de julho de 1852, pegou fogo em pleno mar, a 6 de agosto, perdendo-se os animais e as plantas que o sábio inglês havia colecionado na região amazônica, e ele mesmo andou dez dias à