mercê das ondas, curtindo fome e sede, até ser tomado, felizmente, a bordo de outro veleiro, que o conduziu até ao porto de Deal, em 1° de outubro do 1852. Leia-se, na parte final do capítulo XIII, a contristadora narração, feita por ele próprio, dos seus sofrimentos e prejuízos.
Isso, entretanto, não o impediu de pensar desde logo em outra viagem científica a uma nova região tropical, — a do Arquipélago Malaio ou Insulíndia. A sua preocupação máxima era sempre a solução do problema da origem das espécies, e ele pensava que só a exuberância de vida da zona tórrida lhe permitiria elementos que o levassem a bom caminho.
Tendo chegado a Singapura, em julho de 1851, deixou-se ficar naquelas regiões do extremo oriente até ao começo de 1862. Visitou todas as principais ilhas do vasto perímetro malaio: Bornéu, Java, Sumatra, Timor, Celebes, Molucas (com razão chamadas outrora "ilhas de Maluco"), Arú, Ké e Nova Guiné. Além dos materiais que ali colheu para tantos e tão interessantes trabalhos de biologia, ainda lhe deve a geografia uma contribuição não despicienda, qual a do linha, — que se tornou geralmente conhecida por "linha de Wallace", – que dividiu o arquipélago malaio em duas partes, a Indo-Malásia e a Austro-Malásia, devendo-se-lhe também a outra divisória entre a Malásia e a Papuásia. Foi também dali que dirigiu a Darwin(2) Nota do Prefaciador a