Rodrigues Alves - Tomo 1

Apogeu e declínio do presidencialismo

primeiro-ministro Francisco Brochado da Rocha (1963). Quer como ministro de Estado, quer como chefe de delegação na ONU, está para ser reunida a copiosa documentação existente, sem dúvida das mais importantes, para o estudo da política externa do Brasil contemporâneo.

Desde 1958, Afonso Arinos pertence à Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira número 25, de que é patrono Junqueira Freire, e em sucessão a José Lins do Rego. Disputou a vaga do grande romancista, concorrendo com outro grande escritor, Guimarães Rosa. Seu opositor, aliando a admiração à nobreza, num gesto de espontânea naturalidade, convidou-o para recebê-lo, ao ser empossado, em 1963, quando se elegeu na vaga aberta com o falecimento de João Neves da Fontoura.

Em 1961, em substituição ao sempre lembrado Octávio Tarquínio de Sousa, Afonso Arinos assumiu a direção da Coleção Documentos Brasileiros, fundada por Gilberto Freyre, e que esta Casa vem editando a partir de 1936, ano da primeira edição de Raízes do Brasil, de Sérgio Buarque de Hollanda (7ª edição, 1973).

Membro da Academia Brasileira de Letras, sócio efetivo do Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro, professor catedrático de duas universidades — a Universidade do Estado da Guanabara, UEG, e a Universidade Federal do Rio de Janeiro, UFRJ —, membro do Conselho Federal de Cultura (nomeado em 1967, quando da sua criação, e reinvestido em 1973), Afonso Arinos de Melo Franco é casado com a Sra. Anah Pereira de Melo Franco, neta do Conselheiro Rodrigues Alves. O casal tem dois filhos, acima referidos, e dez netos.

Grande trabalhador intelectual, a bibliografia de Afonso Arinos de Melo Franco é apenas esboçada, a seguir, numa tentativa de ordenar, ainda que imperfeitamente, a sua onímoda atividade de escritor e político, de publicista e homem de pensamento.

Rio, agosto de 1973.

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