Brasil e no entanto sustentou na Europa durante anos a dois irmãos e dois filhos.
O irmão Manoel Mauricio Rebouças doutorou-se em Paris e foi depois lente de Botânica da Escola de Medicina da Bahia; o irmão José Pereira Rebouças formou-se Maestro em Bolonha e foi regente de orquestra do teatro da Bahia.
Deus o abençoe! Deus lhe recompense na eternidade dos inúmeros benefícios que fez neste mundo!
Mas bruscamente, em Outubro, desvenda aos devotados amigos, sua verdadeira situação. Em 3 de Outubro, a Taunay:
É com o maior escrúpulo que vou expor minha triste situação atual.
Meus recursos estão quase esgotados. O terrível câmbio reduz meu ordenado a pouco mais de £7 por mês. Por maiores prodígios de economia que faça estou sempre com déficit. No entanto eu saberia vencer as dificuldades financeiras se tivesse saúde. Infelizmente o organismo está exausto; não obedece mais nem a medicamentos nem à mais rigorosa dieta. Nestas dolorosas circunstâncias impossível é voltar ao Brasil.
Seria um erro irreparável; seria um pecado de egoísmo ir sobrecarregar os parentes e os amigos com os meus padecimentos físicos e morais.
E a José Americo dos Santos, em:
16 de Outubro de 1897.
Meu caro Santinhos.
Respondo tristíssimo à sua estimada de 25 de Setembro. Acho-me tão doente e abatido que mal posso escrever-lhe. Com dificuldade pude ler seu importantíssimo Parecer apresentado no Clube de Engenharia.
Acabrunha-me também muito o crítico estado das minhas finanças; meus recursos estão quase esgotados.
Não me é possível voltar ao Brasil doente e na penúria, em que me acho, para ir dar desgostos aos parentes e amigos e piorar de condições de clima e de higiene.
Ainda uma vez; é inexprimível o meu pesar por não poder auxiliá-lo.
Ficam respondidos os outros tópicos da sua carta pelas circunstâncias acima expostas de corpo e de espírito.
Peço a Deus de todo o coração que conceda ao meu prezado amigo saúde e prosperidade.