simplesmente e unicamente uma pequena prova do maior reconhecimento que me deve pelo importantíssimo serviço prestado àquela Companhia" e você conclui: — Tudo terminou de modo honrosíssimo exatamente quando o Jornal do Comercio publicava uma estatística que mostra para as Docas um lucro líquido de mais de mil contos anualmente.
Excesso de generosidade que está em flagrante contraste com as minhas circunstâncias atuais. Enfim... Não me é permitido discutir sobre os limites da bondade dos meus amigos; sujeito-me e esforço-me para exceder em gratidão esses limites.
E em 19 de Dezembro, depois de reiterar expansões:
Quanto à projetada inauguração do meu retrato, que tudo se faça do modo mais íntimo e modesto.
Deseja e quer o meu bom Taunay saber a moléstia que me acabrunha. Porque somar as minhas dores às suas?... Frases suas aplicam-se perfeitamente à mim: — "São sintomas de decadência rápida e invencível. Não me sinto mais com resolução para nada".
Enfim Deus nos conceda força e resignação.
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24 — Janeiro — 1898.
Meu querido irmão José.
Tenho presente tua estimada carta de Campinas em 30 de Dezembro, cheia de expressões do mais extremoso carinho, a começar por ardentes votos para restabelecimento da minha saúde. Infelizmente tem-se agravado meus sofrimentos e são eles um dos principais obstáculos para minha volta ao Brasil. São muito bons e principalmente muito afetuosos os seus argumentos; mas há entre eles as minhas circunstâncias especiais que não podem ser debeladas senão com muita paciência, serenidade e resignação.
José Carlos Rodrigues, que se afastara desde 1891, volta, quiçá por influência de Taunay, a mostrar-se afetuoso, e André Rebouças aceita essa volta sem comentários, o que mostra bem o trabalho de apaziguamento ou resignação que se fazia no seu espírito tão facilmente apaixonável.
9 de Fevereiro de 1898.
Meu caro Santinhos.
Comoveu-me muito intimamente a sua carta de 13 de Janeiro com as mais cordiais felicitações pelo meu aniversário. Mil graças meu constante e excelente amigo!
