do mundo — fosse, ele grego, persa ou romano — conseguiu submetê-los. Esse sentimento de independência remonta aos primeiros dias de sua história, como povo do deserto. Deodoro de Secilia assegura que entre os nômades da Arábia Pétrea, era proibido plantar-se trigo, porque, para guardá-lo, o homem teria que renunciar à sua liberdade.
Os beduínos desprezam tanto os homens agarrados à agricultura que, segundo as suas crenças, um dos suplícios reservados no outro mundo a quem infringe os costumes da tribo, é o de ser obrigado a amanhar a terra como um camponês.(137) Nota do Autor
Embora com certas áreas fecundas, não querem renunciar à sua altivez de cavaleiros.
Chega o dia do ano em que o beduíno resolve limpar o seu campo. Ele aguça então um galho da árvore do fogo — uma leguminosa — e o faz girar na cavidade aberta noutro galho da mesma planta, até produzir um pó inflamável que começa a arder. Com ele põe fogo às ervas, na direção do vento; dentro de meia hora, a charneca está em chamas.(138) Nota do Autor
As gazelas fogem, as serpentes procuram refugio, os insetos tentam salvar-se nos arbustos e perecem, vítimas do abelheiro, o leopardo esgueira-se, desdenhoso