PEQUENO VOCABULÁRIO
Extraído do "Vocabulário Sulriograndense" de Luiz Carlos de Morais e de outros.
A
ALÇADO — Adj. — Diz-se do gado que, do estado de domesticidade, passa ao selvagem, pelo abandono a que foi deixado, ou por ter fugido do costeio do fazendeiro. Antigamente, quando as estâncias eram muito grandes, indivisas e sem cercas, havia no Rio Grande muita quantidade de vacuns alçados. (L.C.M.)
APEROS — s. — O arreamento completo, ou simplesmente parte dele. Em castelhano apero é aprestos, utensílios, preparos. (L.C.M.)
ARREIOS — s. — Arreamento. Esta palavra só se usa no plural. (L.C.M.)
ARREAMENTO — s. — Conjunto das peças com que se sela o animal para montaria, e das que constituem os arreios de tração. Arreamento campeiro: o usado pelos camponeses, isto é, o conjunto: lombilho ou serigote, carona, barrigueira, estribos, freio, bocal, peiteira, pelegos, rabicho, etc. (L.C.M.)
B
BAGUAL — adj. e s. — Cavalo sem doma. Muñiz define-o como "caballo silvestre ó cimarron".
BOTA DE GARRÃO — s. — Bota usada outrora por peões e domadores, feita de couro verde de vaca ou de potro. (L.C.M.)
BOLAS — s. — Boleadeiras.
BOLEADEIRAS — s. — Aparelho constituído de três esferas de pedra, de ferro ou ainda de pequenos cacos de panela de ferro, acondicionados em invólucro de couro, tomando forma esférica. Essas esferas que se ligam entre si por meio de cordas também de couro, chamadas soga das boleadeiras, são destinadas a prender o animal em campo aberto. Nela há duas pedras iguais, e a terceira, a maior, chamada manica ou manicla, é por onde o boleador empunha o conjunto traiçoeiro que é arremessado sobre os membros do animal a ser apanhado, quando a disparada ou a trote. (L.C.M.)
BOLEAR — v. — Atirar as boleadeiras.