Os holandeses no Brasil: notícia histórica dos Países-Baixos e do Brasil no século XVII

(39) - Depois de ter em vão esperado durante quatro meses, em Santa Helena, a passagem dos navios portugueses, ele regressou à Holanda. Santa Helena nessa época era inabitada e tão pouco visitada que as gaivotas e outras aves se deixavam com facilidade cativar ou matar a cacetadas. A equipagem, na sua permanência nessas paragens, sacrificou, também, desse modo, cerca de 25 mil cabras e porcos selvagens.

(40) - A maior parte dessas brochuras se encontram na Coleção Duncaniana da biblioteca real de Haia, e têm títulos muito bizarros, cheios de entusiasmo e bem característicos dessa época de agitações e lutas.

(41) - A fortaleza próxima ao Recife, e que recebeu a denominação de Brayne, ainda existe hoje, a menos não seja outra construída no mesmo local. Conserva o mesmo nome, mas transformado em "Brum".

(42) - Os títulos de recomendação de Rembach, dirigidos aos Estados-Gerais e assinados por Weerdenburch e demais membros do Conselho de guerra: Alexander Seton, Adolph Van der Elst, Hartman Godfrid van Steyn, Gallenfels e Foulcke Hounckes, conservam-se ainda nos Arquivos do Reino (Maço Índias Ocidentais, 1630-1634). É de supor que o coronel Rembach houvesse se apresentado desse modo perante a Assembleia dos XIX, no propósito de defender os pontos de vista do conselho de guerra, porquanto encontramos nos Arquivos da Companhia, em Amsterdã, uma carta de recomendação dirigida aos seus Diretores mais ou menos do mesmo teor e da mesma data daquelas outras.

(43) - Lemos em Southey - I, p. 530, que o total das tropas embarcadas para essa expedição era de 3.500 homens; mas há erro nesse cálculo. De Laet dá detalhadamente a equipagem de cada navio (pag. 204) e o total é de 1270 marinheiros e 860 soldados, distribuídos em 9 companhias.

(44) - Pela primeira vez fazemos referência ao bravo van Schkoppe que veio a desempenhar tão relevante papel nas guerras holandesas no Brasil. É ele na Holanda mais conhecido por Sigismundo van Schuppen ou Schoppe, porém seu verdadeiro nome foi Sigemundt von Schkoppe, conforme se verifica em vários documentos em que pôs sua assinatura. Seu título de nobreza era "Senhor de Krebsbergen - Gran Cotzen". Daremos o fac-símile de sua assinatura no fim desta obra. Não podemos obter pormenores de sua origem, nem de sua família, mas a julgar pelo nome e pelo título parece-nos que Schkoppe fosse polonês. No Brasil fez ele sua carreira militar e ali viveu ininterruptamente 24 anos - de 1630 a

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