II
RIO DE JANEIRO
Bahia — Chegada ao Rio — Aspecto interno e externo dessa capital — Hospedarias — O Cônsul da França — O Imperador do Brasil — A Imperatriz — Seus hábitos de beneficência — O palácio de São Cristóvão.
Ao chegarmos à Bahia chovia copiosamente e uma espessa cerração ocultava-nos parte da cidade. Quando o tempo clareou, não fiquei nada satisfeito. O que se me oferecia à vista não correspondia à ideia que eu fizera do Brasil; talvez tivesse outra impressão mais tarde ao desembarcar, mas não confiava muito em que tal acontecesse. E de fato conservei as sensações anteriores depois de ter ido a terra. Nada de pitoresco: por toda parte negros a gritar e a empurrar. Nenhuma nota singular nos costumes: saias e camisas sujas, pés enlameados, quase sempre inchados a denunciar essa terrível doença, elefantíase, causada pelo deboche. Ouvira dizer que negras bonitas eu as veria na Bahia. Realmente encontrei algumas de belo tipo, mas num cenário de ruas acanhadas da cidade baixa, onde vivem numa atmosfera empestada negociantes franceses, ingleses, portugueses, judeus e católicos. Apressei-me em fugir desse formigueiro, subindo com dificuldade, como em Lisboa, comprida rua que me levava à parte alta da povoação. Ali, atravessando um jardim, vi, pela primeira