dali a pouco. Miguel perguntou-lhes qualquer coisa que não compreendi bem e entendi apenas na resposta a palavra macaque. Elas haviam visto a canoa e os dois macacos. Um quarto de hora mais e chegaríamos lá. Agora, que me importava Policarpo!
Recuperei a tranquilidade e com ela um pouco de alegria. Disse, rindo-me, a Miguel: "Vamos!" Ao que me respondeu "Vaamoos", apoiando-se nas vogais. E de fato com umas remadas mais vigorosas avistamos a canoa. Os macacos puseram-se a gritar. Sem dúvida Policarpo dormia. No local em que na véspera esperara tanto tempo a volta dele e de Miguel, estavam sentadas quatro pessoas: um velho, um negro, duas mulheres, para gozarem com certeza o espetáculo do desapontamento que me estava reservado. Os pressentimentos não me enganaram de todo: Policarpo fugira. Entrei rápido na embarcação e inventariei com os olhos tudo quanto possuía de mais precioso. Policarpo roubara-me uma espingarda comprada no Pará especialmente para ele, bem como o facão que me servia para abrir caminho nos matos. Além disso, um saco com chumbo, pólvora, cápsulas e uma caixa na qual havia linha, agulhas, botões e tesouras. Fiquei tão contente com o encontro da canoa que não me contrariou o roubo. E para que esse miserável Policarpo se enganasse pensando ter-me pregado uma peça desagradável, distribuí cachaça aos assistentes e declarei a todos, por intermédio de Miguel, estar satisfeito de haver ficado livre de um grande malandro, um tipo que não prestava para nada. Desconfiava que ele estivesse escondido na casa daquela gente.
Entrementes o vigário de Freguesia passou por nós e me marcou novo encontro no seu roçado. Mal ele seguira caminho, e depois de ter sondado Miguel quanto a suas disposições de serviço, agora que estava sozinho, despedi-me dos quatro espectadores, peguei num remo