O Selvagem

que em todas as nações, ainda mesmo nas que não falam o tupi, esta língua é entendida, é o francês ou inglês da imensa região amazônica.

Com o auxílio de um língua que à minha disposição pôs o ilustre presidente do Pará, dr. Pedro Vicente de Azevedo, e com o de outros línguas que eram marinheiros a bordo de um dos meus vapores, trabalhei ardentemente, e assim concluí o curso.

Chegando ao Rio de Janeiro, apresentei os trabalhos ao chefe do respectivo serviço, meu respeitável colega e amigo dr. Castro e Silva.

Ele havia então estudado minuciosamente todo o assunto de nossos aldeamentos, preparara cadernetas especiais para registrar o que era peculiar a cada um deles, e depois desses estudos e exame minucioso dos documentos oficiais, chegara às mesmas conclusões que eu havia chegado na prática, isto é: a paz e segurança da grande parte de nossas populações do interior, nossas comunicações internas, o aproveitamento de regiões fertilíssimas, a vida das únicas indústrias produtivas do interior — a pastoril, a extrativa, a de transportes pelos rios que não têm navegação a vapor — são outras tantas razões de ordem social que solicitam os esforços do Brasil em bem do amansamento de nossos selvagens.

Consultando então não só o que os portugueses e espanhóis fizeram na América, mas o que fizeram todos os povos civilizados, consignei os meios práticos empregados por esses povos nestas três instituições: COLÔNIA MILITAR, INTÉRPRETE, MISSIONÁRIO.

Temos o primeiro e o terceiro; falta-nos organizar os elementos para ter o segundo.

O meu mencionado colega fez do assunto um suculento resumo que foi presente ao atual ministro