sedentárias, para as quais são completamente impróprios. Desde, porém, que, seguindo o método razoável e único produtivo de empregar o homem naquilo que está conforme com seus hábitos, se trata de aplicar o selvagem às indústrias pastoris e extrativas, indústrias estas a que está reservado um grande futuro, ele se há de prestar a elas, como se está prestando, melhor do que qualquer das raças que habitam a América.
O caipira de São Paulo e Paraná, o caboré de Goiás e Mato Grosso, o gaúcho do sul e repúblicas platinas, e o tapuio do norte, que não são senão o índio americano, ou o mestiço seu descendente, representarão na produção da América do Sul um papel tão importante como o branco, desde que se atribuam a eles os produtos das indústrias pastoris e extrativas, nas quais são o braço que trabalha e, portanto, o instrumento principal das mesmas indústrias.
À vista destes fatos, cujo exame está ao alcance de todos, e que já teriam sido observados se não tivéssemos um gosto decidido para examinar as coisas da França, Inglaterra e Estados Unidos, com preterição do estudo de nosso país e de nossas coisas; à vista destes fatos, as pessoas que se ocupam de resolver o difícil e importantíssimo problema de braços para utilizar as riquezas quase infinitas deste solo, onde tudo é grande, exceto o homem; à vista destes fatos estou autorizado a concluir: o braço indígena é um elemento que não deve ser desprezado na confecção e preparo da riqueza pública.
Tem-se-me observado muitas vezes que os norte-americanos, muito mais adiantados do que nós, não encontram outro meio de catequisar os seus selvagens senão o extermínio. Certamente que os Estados Unidos são um grande país e têm muitas, muitíssimas coisas em