nas sapupemas, a ver se as árvores estão suficientemente fortes para sofrerem a ação de alguma tempestade que está próxima. A função do Curupira é proteger as florestas. Todo aquele que derriba, ou por qualquer modo estraga inutilmente as árvores, é punido por ele com a pena de errar tempos imensos pelos bosques, sem poder atinar com o caminho da casa, ou meio algum de chegar até aos seus.
A estas duas ordens de deuses, que são subordinados, como disse, ao sol e à lua, e que se reputam prepostos à conservação dos viventes, segue-se um outro deus superior: Rudá, ou o deus do amor.
Rudá. As tradições figuram-no como um guerreiro que reside nas nuvens. Sua missão é criar o amor nos corações dos homens, despertar-lhes saudades e fazê-los voltar para a tribo, de suas longas e repetidas peregrinações.
Como os outros deuses, parece que tinha deuses inferiores, a saber: Cairé, ou lua cheia; Catiti, ou lua nova, cuja missão é despertar saudades no amante ausente. Parece que os índios consideravam cada fórum da lua como um ente distinto.
Há incontestavelmente propriedade e poesia nesta concepção da lua nova e lua cheia como fonte e origem de saudades.
A mesma senhora a quem devo a lenda que deixei escrita acima deu-me a letra e música das invocações que os tupis faziam a Rudá e a seus dois satélites.
Como são curtas, aqui transcrevo tais quais as vi, ou parecendo-me que, ou a língua está adulterada, ou é algum fragmento de tupi anterior às transformações por que já tinha passado a língua, quando nos foi conhecida, porque palavras há que não entendo.
Estas invocações eram feitas ao pôr do sol ou da