II
Diversos roteiros
Comecemos por dar uma notícia dos diversos roteiros que seguiram nossos maiores para penetrar de uma bacia na outra, tomando em consideração somente aqueles que podem servir à navegação a vapor. Subindo de Montevidéu pelos rios da Prata, Paraná e Paraguai, quem quiser ir ao Amazonas tem cinco grandes roteiros a seguir, cada qual mais curioso:
1º Seguir pelo rio da Prata, Paraná e Paraguai acima até a foz do Jauru, subir este até ao antigo registro, ponto onde termina a sua navegação, tomar a estrada de terra que com 20 léguas ultrapassa o divisor das águas, embarcar de novo no Guaporé, abaixo da ponte na estrada que vai de Vila-Boa de Mato Grosso para Casalvasco e departamento boliviano de Santa Cruz de la Sierra, e descer o Guaporé até sua junção com o Amazonas.
Hoje esse caminho fluvial é obstruído por 70 léguas de rápidos e cachoeiras que medeiam entre a última de cima, denominada Guajará-Mirim, e a última debaixo, conhecida sob o nome de Santo Antônio.
Dentro em pouco, porém, a locomotiva, seguindo pela corda de arco descrita pelo Madeira, transporá a região das cachoeiras, fazendo-se a vapor o caminho terrestre, que fica reduzido a 50 léguas, ligando perpetuamente os interesses daquela República aos nossos, e garantindo-se a paz que nossos vizinhos não quererão mais perturbar.
Nesses sertões, encontram-se dois grandes vestígios da atividade de nossos maiores: um é a fortaleza de Coímbra, na fronteira da costa do rio Paraguai com a