léguas, a saber: 640 até a foz do Cuiabá no São Lourenço; 60 pelo São Lourenço, Pequiry, Itiquira até a serra ou o divisor; 15 de viagem por terra, dobrando o divisor entre o Itiquira e o rio das Garças; 50 ao Araguaia, e 460 ao Pará, pelo Araguaia e Tocantins.
5 º O quinto roteiro seria subir, como no terceiro, os rios da Prata, Paraná, Paraguai, São Lourenço, Cuiabá até á cidade deste nome; seguir por terra a leste por cima do divisor das águas até ao Araguaia, e por este e o Tocantins chegar ao Pará. Dos roteiros que ficam descritos, é este o que está hoje mais seguido, devido à navegação a vapor do Araguaia, única que possuímos na América do Sul em cima do grande plateau central, donde defluem as águas do Prata para o sul e as do Amazonas para o norte. Estimo as distâncias a percorrer por este traçado, que eu mesmo tenho percorrido mais de uma vez, em 1.237 léguas entre Montevidéu e o Pará.
III
Aspecto da bacia do rio da Prata — Recordações de viagem
Os rios da bacia do Prata, ou pelo menos os que compõem a sub-bacia do Paraguai, são antes grandes, imensas campinas alagadas, cobertas de plantas aquáticas, pelo meio das quais passa um canal de água corrente, ao qual se dá propriamente o nome de rio.
Nessas campinas se observam, de espaço a espaço, grandes bacias de água serena e quase sem corrente, a que chamam baías; outras vezes são cobertas de plantas aquáticas, por léguas e léguas, apresentando o aspecto